
por David Dines
Sincronização é o nome que se dá à licença para uso de uma gravação em uma produção audiovisual – seja ela uma publicidade, um filme ou um programa de TV. No entanto, existem alguns fatores que facilitam o processo de licenciamento e podem fazer a diferença ao fechar um negócio do tipo. Conheça:
1. Tenha uma versão instrumental da master
Quando uma faixa é utilizada em uma novela, série ou filme, é sempre interessante aos produtores audiovisuais ter também uma versão instrumental, para que o áudio não entre em conflito com falas de personagens ao ser utilizado para sonorizar o fundo de uma cena. Portanto, é sempre bom deixar essa versão preparada em mãos – e de cadastrar um ISRC separado para este fonograma.
2. Certifique-se de que a obra está cadastrada no ECAD
Os compositores da faixa só receberão pela execução pública de rádio, TV, cinema e internet caso estejam vinculados a uma sociedade ligada ao ECAD e suas obras estejam corretamente cadastradas, com o envio de letras, gravação, autorias e porcentagens. Não adianta apenas ter o ISRC, uma vez que este diz respeito ao fonograma – é preciso cadastrar também a obra.
3. Preencha o ISRC da maneira mais completa possível
Na execução pública de um fonograma, todos os envolvidos recebem. Dois terços da arrecadação seguem para os autores e o terço restante para os chamados conexos. Intérprete e músicos acompanhantes entram nessa segunda categoria. Não deixe nenhum parceiro de fora neste momento, uma vez que ele pode ser remunerado pelo ECAD pela participação na gravação.
4. Se está interpretando a obra de outro artista, certifique-se de ter uma licença para o uso
Na licença para sincronização, sempre há dois direitos envolvidos: obra e fonograma. A licença que o artista obtém para distribuir uma música nas plataformas digitais geralmente não cobre sincronização, de modo que os produtores audiovisuais terão que licenciar a obra novamente para o uso desejado. No entanto, caso a canção não tenha sido licenciada adequadamente ao ser colocada no streaming lá atrás, o autor ou editora pode exercer seus direitos soberanos sobre a obra e pedir a remoção da gravação do ar, além de impedir o fechamento de eventuais negócios envolvendo aquela faixa. Portanto, vale se precaver e garantir que tudo está sendo feito corretamente, evitando surpresas caso uma oportunidade de sincronização surja.
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