por David Dines
Um dos assuntos que mais levantam questões junto aos músicos independentes é o cálculo da monetização nas plataformas digitais de streaming. O blog da Tratore volta a falar do assunto, explicando como funciona o rateio das quantias repassadas por Spotify, Deezer, Apple Music e outras.
Nas plataformas digitais dedicadas a música, a arrecadação ocorre de duas formas: a partir de anúncios publicitários, como banners e spots, e da renda obtida por meio dos assinantes ou usuários premium.
Dessa arrecadação, os serviços digitais retêm cerca de 30% do total e repassam o restante aos agregadores, distribuidoras e gravadoras. A divisão geral é feita a partir do número de plays de cada faixa e, com isso, o valor individual da execução flutua de acordo com a arrecadação do período.
Os cálculos de plays gratuitos e pagos são realizados separadamente, de modo que o valor por play é maior no caso dos assinantes.
Apesar da flutuação, é possível fazer estimativas de arrecadação sobre o fonograma, que vão de um terço de centavo a quatro centavos de dólar o play, dependendo da plataforma e do tipo de usuário.
Em seguida, é reservada a parte autoral, que equivale a cerca de 12% , é repassada pelas plataformas diretamente à UBEM (União Brasileira de Editoras de Música, 9%) e ao ECAD (3%), sem passar pelas distribuidoras e agregadores. O compositor recebe a fração do ECAD por sua associação. No caso da UBEM, só autores representados por editoras e entidades filiadas conseguem receber o que lhes cabe. Para evitar que essa arrecadação fique retida, a Tratore oferece ao autor direto o acordo Digi_Tratore, que permite o acesso a esse valor. Saiba mais pelo site: www.fonomatic.com.br.
O restante da quantia das execuções é encaminhado às distribuidoras e gravadoras e repassada aos artistas e responsáveis de acordo com o estipulado em seus contratos. No caso da Tratore, repassamos aos titulares 75% do valor arrecadado sobre o fonograma.
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